No
seu tuíte desta terça-feira (8/9) o Papa Francisco reiterou o pedido que fez no
Angelus do último domingo, 06 de setembro, quando pediu acolhimento aos
refugiados.
“Que cada paróquia e comunidade religiosa na Europa acolha uma
família de refugiados”, diz o texto, seguido de dois hashtags. #Jubileu
#refugeeswelcome (bem-vindos refugiados, em inglês).
O apelo do Pontífice foi prontamente atendido não somente pelas
dioceses e paróquias em toda a Europa, que logo se mobilizaram, mas também fora
do continente e fora do ambiente eclesial. Líderes de governo e presidentes de
vários países, inclusive do Brasil, anunciaram a decisão de abrir suas
fronteiras.
Situação
na Síria
Enquanto isso, o Bispo de Aleppo dos Caldeus e Presidente da
Caritas Síria, o jesuíta Dom Antoine Audo, reforça também a necessidade que os
cidadãos possam viver em paz no país.
“O apelo do Papa Francisco expressa a sua solicitude para com os
que sofrem e é um convite a todos os cristãos a ajudarem com concretude
evangélica”. Ao mesmo tempo, “diante das guerras que sacodem o Oriente Médio, o
nosso desejo como cristãos e como Igreja é permanecer em nosso país, e fazemos
de tudo para manter viva a esperança”.
Em declarações à Agência Fides, Dom Audo fala da realidade no
país: “A situação de degradação, o aumento da pobreza, a dificuldade de curar
doenças depois de mais de quatro anos de guerras estão nos dilacerando”
Para o Bispo caldeu, “é uma dor ver as famílias partir, e entre elas muitas
cristãs. É um sinal de que a guerra não acabará, ou que no final prevalecerá
quem quer destruir o país”.
Paradoxo
ocidental
Além disso, em relação ao fenômeno dos refugiados e das fugas em
massa, o Presidente da Cáritas Síria denuncia a sistemática ocultação das
dinâmicas geopolíticas e militares que provocaram essa situação: “Nós fazemos
de tudo para defender a paz, enquanto no Ocidente dizem que fazem de tudo em
defesa dos direitos humanos, e com este argumento continuam também a alimentar
esta guerra infame. Este é o paradoxo terrível em que nos encontramos. E não
conseguimos mais nem mesmo entender o que querem realmente”.
Fonte: noticiascatolicas.com.br