“O
mundo hoje tem grande necessidade de reconciliação, especialmente depois de
tanto sangue derramado nos ataques terroristas. Podemos amparar as vítimas com
nossas orações e renovar nosso compromisso com uma paz duradoura, para promover
o diálogo entre as tradições religiosas, porque a indiferença e a ignorância
recíprocas podem causar apenas desconfiança e, infelizmente, conflitos”.
É
o que escreve o Papa em mensagem ao Patriarca ecumênico, Bartolomeu I, e à
Igreja Ortodoxa, no dia de Santo André.
Em
2014, o Papa estava na Turquia nesta festa litúrgica (foto), e o relembra nesta
carta ao Patriarca: “Passou-se um ano desde que celebramos juntos, na Igreja
Patriarcal de Fanar, o dia de Santo André, primeiro apóstolo a ser chamado por
Jesus e irmão de São Pedro. A ocasião foi um momento de graça – recorda
Francisco – em que pude renovar e aprofundar, na oração comum e no encontro
pessoal, as relações de amizade com vocês e com sua Igreja. Aprecio o
compromisso fervoroso de Sua Santidade – escreve ainda o Papa – com a questão
do cuidado da criação. Sua sensibilidade e consciência são testemunhos
exemplares para os católicos”.
Enfim,
o Papa Francisco pede a Bartolomeu que reze pelo Jubileu que está por começar:
“É dever da humanidade redescobrir o mistério da misericórdia, a ponte que une
Deus e o homem, e abrir o coração à esperança de ser amado para sempre, não
obstante o nosso pecado. Foi por este motivo que convoquei um Jubileu
Extraordinário da Misericórdia, um tempo propício para contemplar a misericórdia
do Pai revelado plenamente em seu Filho, Jesus Cristo, e para nos tornarmos um
sinal eficaz do amor de Deus através do nosso perdão e de obras recíprocas de
misericórdia. É providencial que o aniversário da histórica Declaração conjunta
católico-ortodoxa, que removeu as excomunhões de 1054, se verifique às vésperas
do Ano da Misericórdia.
Peço
a vocês e a todos os fiéis do Patriarcado Ecumênico que rezem para que este
Jubileu Extraordinário traga os frutos espirituais que tanto desejamos”.
Por
Rádio Vaticano