Se aprendêssemos a servir e fôssemos ao encontro dos
outros, como mudaria o mundo. Foi a consideração com a qual o Papa Francisco
concluiu a homilia da missa da manhã, celebrada na Casa Santa Marta, nesta
terça-feira (31/05).
Francisco dedicou
sua reflexão a Nossa Senhora, no dia que se encerra o mês mariano. “Serviço e
encontro fazem sentir uma alegria que preenche nossas vidas”, disse o Papa.
Coragem feminina,
capacidade de ir ao encontro dos outros, estender a mão para uma ajuda,
solicitude. E, principalmente, alegria, daquelas que enchem o coração e dão à
vida um novo sentido e uma nova direção.
Estes foram os
tópicos extraídos por Francisco do Evangelho do dia, que narra a visita de
Maria a Santa Isabel.
Este trecho, junto com as palavras do Profeta Sofonias na Primeira leitura e de
São Paulo, na Segunda, delineia uma liturgia “cheia de alegria” e chega como
“um vento novo” que preenche nossas vidas.
Alegria e cara virada
“É feio ver cristãos
com a cara virada, cristãos tristes, é feio, feio, feio… Não são plenamente
cristãos. Acreditam que são, mas não o são totalmente. Esta é a mensagem
cristã. E nesta atmosfera de alegria que a liturgia nos dá de presente,
gostaria de ressaltar apenas duas coisas: primeiro, um comportamento; segundo,
um fato. O comportamento é o serviço”.
As mulheres: coragem da Igreja
O serviço de Maria é
realizado sem incertezas, observou o Papa. Maria, afirma o Evangelho, “se
dirigiu apressadamente”, embora estivesse grávida e arriscasse se deparar com
malfeitores no decorrer da estrada.
“Esta jovem de 16 ou
17 anos, não mais”, acrescentou Francisco, “era corajosa. Levanta-se e vai”,
sem desculpas:
“Coragem de mulher.
As mulheres corajosas que existem na Igreja são como Nossa Senhora. Essas
mulheres que levam avante a família, essas mulheres que levam avante a educação
dos filhos, que enfrentam tantas adversidades, tanta dor, que curam os doentes…
Corajosas: levantam-se e servem, servem.
O serviço é sinal
cristão. Quem não vive para servir, não serve para viver. Serviço na alegria,
esta é a atitude que gostaria de destacar hoje. Há alegria e também serviço.
Sempre para servir”.
O encontro é um sinal cristão
O segundo ponto
sobre o qual o Papa se detém é o encontro entre Maria e sua prima. “Essas duas
mulheres – evidenciou – se encontram, e se encontram com alegria”, aquele
momento é “só festa”.
Se “nós
aprendêssemos isso, serviço e ir ao encontro dos outros, concluiu Francisco,
“como o mundo mudaria”:
“O encontro é outro
sinal cristão. Uma pessoa que se diz cristã e não é capaz de ir ao encontro dos
outros, de encontrar os outros, não é totalmente cristã. Seja o serviço, seja o
encontro, requerem sair de si mesmos: sair para servir e sair para encontrar, para
abraçar outra pessoa. É com este serviço de Maria, com este encontro que se
renova a promessa do Senhor, se atua no presente, naquele presente. E
propriamente o Senhor – como ouvimos na primeira Leitura: ‘O Senhor, teu Deus,
está no meio de ti” – o Senhor está no serviço, o Senhor está no encontro”.
Por Rádio
Vaticano