Na Semana Santa, Papa dedica catequese ao Tríduo Pascal
Na
catequese desta quarta-feira, 1º, o Papa Francisco falou sobre o Tríduo Pascal,
ápice do ano litúrgico e da vida cristã. A reflexão se insere no contexto da
Semana Santa, que os católicos vivenciam deste o último domingo, 29, Domingo de
Ramos.
O Tríduo começa na Quinta-Feira Santa, com a celebração da
Última Ceia, quando Jesus, na véspera de sua paixão, instituiu a Eucaristia.
Nesta mesma celebração, realiza-se o gesto de lava pés, um gesto que, conforme
explicou o Papa, exprime o sentido da vida e da paixão de Cristo, ou seja, o
serviço a Deus e aos irmãos.
Já na sexta-feira é dia de meditar sobre o mistério da morte de
Cristo, com a adoração da Cruz. Francisco explicou que todas as Escrituras
encontram seu cumprimento no amor de Jesus que, com o seu sacrifício,
transformou a maior injustiça no maior amor. E ao longo dos séculos, muitos
homens e mulheres deram seu testemunho de vida e refletiram um raio desse amor
perfeito de Cristo.
“Adorando a Cruz, olhando Jesus, pensemos no amor, no serviço, na
nossa vida, nos mártires cristãos e também nos fará bem pensar no final da
nossa vida. Ninguém de nós sabe quando isso vai acontecer, mas podemos pedir a
graça de poder dizer: Pai, fiz o que pude. Está consumado”.
Do Sábado Santo, Francisco destacou o silêncio, pois a Igreja
contempla o “repouso” de Cristo no túmulo após o vitorioso combate da cruz. É
um dia de grande identificação com Maria, que permanece sozinha com a chama da
fé acesa, esperando a Ressurreição de Jesus, comemorada no Domingo de Páscoa.
“A pedra da dor é abatida, deixando espaço à esperança. Eis o
grande mistério da Páscoa! (…) A nossa vida não termina diante da pedra de um
sepulcro, a nossa vida vai além com a esperança em Cristo que ressuscitou
justamente daquele sepulcro. Como cristãos, somos chamados a ser sentinelas da
manhã”.
Francisco concluiu a catequese com um convite aos fiéis: “Nesses
dias do Tríduo Sagrado, não nos limitemos a celebrar a paixão do Senhor, mas
entremos no mistério, façamos nossos os seus sentimentos, as suas atitudes.
Assim, a nossa será uma ‘feliz Páscoa’”.