Mês de Maria
Maio é um mês muito especial para nós
católicos: é o mês dedicado a Maria, mãe de Deus e nossa. Celebramos em
maio 3 festas importantes, dedicadas a Maria: dia 13, Nossa Senhora de Fátima;
dia 24, Nossa Senhora Auxiliadora, e dia 31, a Visitação de Maria a sua prima
Isabel.
Muitas vezes, nós católicos, somos criticados pelo culto
que prestamos a Maria. Há quem diga que somos “adoradores”, ou que
“idolatramos” imagens. Sabemos que isto não é verdade e temos plena consciência
que somente a Deus prestamos adoração. A Maria dedicamos um culto, uma
devoção, que se dirige a Ela e não a uma imagem. Esta devoção está fundamentada
no papel singular que Ela desempenhou e desempenha na história da
salvação ao ser escolhida para ser a mãe do Filho de Deus, Jesus Cristo.
Maria está presente na Bíblia, desde o Antigo Testamento
(cf. Gen 3,15 e Is 7,14). No Novo Testamento, porém, é que se fundamenta
mais claramente nossa devoção a Maria. Ela foi escolhida entre todas as
mulheres para ser a Mãe de Deus (Lc 1,31-35), e pelo seu “sim” a salvação
entrou no mundo. Maria acreditou e se entregou livremente à vontade do Pai: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo tua palavra”
(Lc 1,38). A maternidade divina de Maria é o fundamento de todos os outros seus
privilégios e a razão do lugar especial que Ela ocupa no culto da Igreja e na
devoção do povo cristão. Ela é a mãe do nosso Salvador Jesus Cristo e
nossa mãe. Deus quis nos dar uma mãe e não há filho que não ame sua mãe.
Por isso, nós a veneramos e recorremos a Ela, pois Maria é mãe e
como tal sempre está disposta a nos ouvir, amparar e consolar.
Aqui na terra, nós temos a nossa mãe. Deus deu a mulher
a capacidade de gerar vida e mesmo aquelas mulheres que por algum
motivo de saúde não podem ter filhos biológicos, trazem no coração o instinto
materno, a vontade de amar e cuidar de um filho, e isto é o que
importa. Infelizmente, nos dias de hoje, a vida está ameaçada, até mesmo,
no útero materno. Haja visto a decisão do Supremo
Tribunal Federal em 2012, que despenaliza o aborto em caso de bebês
anencéfalos. Os homens, pretendendo se colocar no lugar de Deus, querem
decidir se devem ou não proteger a vida, quando ela ainda se
encontra no útero materno, lugar sagrado e que deveria estar a salvo de qualquer
ameaça Embora a lei favoreça esta prática, nos casos de bebês
anencéfalos, isto não exime ninguém da responsabilidade e do dever de seguir
sua consciência moral, guiada pela lei natural e divina. A vida humana é
o primeiro e o maior dos direitos humanos, independente de religião ou de
credo, e sobre o qual se fundamentam os outros direitos. A vida não é
negociável, seja qual for a circunstância. É dom de Deus e somente a Ele cabe o
direito de decidir sobre ela.
No Brasil, há um dia dedicado às Mães, que é segundo
domingo de maio. Por isso, quero aproveitar este espaço para felicitar
todas as mamães e assegurar minhas preces para que cumpram com dedicação a
missão divina que lhes foi confiada. Que Maria, modelo de mulher e de
Mãe, inspire e proteja todas as mulheres, especialmente, as mães, na
vivência de sua vocação de gerar e cuidar da vida com amor.