Estrutura da Missa a partir do Concilio do Vaticano II Liturgia Eucarística
Narrativa da instituição - A narrativa da instituição é o momento
“quando pelas palavras e ações de Cristo se
realiza o sacrifício que Ele instituiu
na última Ceia, ao
fornecer seu Corpo e Sangue sob
as espécies
de pão
e vinho, e ao entregá-los aos apóstolos
como comida e bebida, dando-lhes
a ordem de perpetuar este mistério”
(cf. IGMR,
n. 79d).
É o momento que em que
o presidente da celebração toma o pão
e apresenta-o à assembleia, falando palavras que Jesus mandou dizer: “Tomai, todos, e comei, isto é o meu corpo
que será entregue por vós”. A mesma
coisa o presidente faz com
o cálice de vinho: “Tomai, todos, e bebei, este é o cálice
do meu
sangue, o sangue da nova e eterna aliança,
que será derramado por vós e por todos para a remis-
são
dos pecados. Fazei isto em memória de mim”.
O que cantar
ou dizer
durante ou após a narrativa da instituição?
O Mis- sal prevê o silêncio sagrado. Nem mesmo
se deve
fazer a tradicional aclamação “Graças e louvores
se deem
a todo momento”, muito menos entoar
canções inadequadas como “Jesus
está aqui”, “Eu te
adoro, hóstia divina”, etc. São
aclamações piedosas e devocionais, mas não adequadas para esse
momento da liturgia
eucarística.
Quanto à posição:
em pé
ou de
joelhos? Herdamos da Idade Média
um modo de expressar a fé eucarística que perdura até hoje: ficar ajoelhados. Mas
podemos também acolher esse
mistério da ressurreição como vigias atentos
em sinal de espera, prontidão
e dignidade: em pé. É a posição
dos ressuscitados, daqueles que dia e noite estão na
frente do trono do Cordeiro.
No passado,
afirmava-se que a consagração era o momento
mais importante da Missa. Porém,
o Concílio Vaticano II
ensina-nos que todas as
partes da Missa são importantes e res- salta
que a comunhão é seu momento culminante e pleno.
Na última Ceia, Jesus instituiu
o sacrifício pascal, por meio
do qual
o sacrifício da cruz está presente
continua- mente até hoje. No relato da instituição Jesus tomou o pão, pronunciou
a ação de graças, partiu-o e distribuiu-o entre os convidados.
Fonte: Missa: Celebração do ministério pascal de Jesus. Humberto
Robson de Carvalho.