Roma era a capital de um
impé-rio que se considerava o “centro do mundo”, não podendo, portanto, ficar à
margem da ação evangelizadora de são Paulo. Aos cristãos dessa metrópole ele
endereça uma extensa carta, que só se iguala em tamanho à primeira dos
Coríntios. Em conteúdo é considerada a mais importante de to-das, por se tratar
de uma mensagem basicamente teológica. Provavelmente foi escrita em Corinto
por volta de 57-58. Segundo o biblista Luís Alonso Schökel, organizador da
Bíblia do
Peregrino, é o primeiro e mais autori-zado tratado de
soteriologia. O tema central é a salvação de todos pela fé em Jesus Cristo. Em
1,16-17, Paulo confessa: “Não me envergonho do evangelho, pois ele é a força de
Deus para a salvação de todo aquele que acredita, do judeu, em primeiro lugar,
mas também do grego. De fato, no
A esperança também ocupa
ver-sículos da carta, ficando célebre esta citação: “Esperando contra toda
es-perança, Abraão acreditou e tornou-se o pai de muitas nações, conforme foi
dito a ele: ‘Assim será a sua des-cendência’” (4,18). Grande é a sua confiança
no amor de Deus, a qual o leva a proclamar: “Se Deus esta a nosso favor, quem
estará contra nós?” (8,31). E mais adiante, lança este de-safio: “Quem nos poderá
separar do amor de Cristo?” (8,35). A carta dos Romanos não só é farta em teologia, mas
também desce à prática da vida cristã, sugerindo normas que orien-tem os
seguidores de Jesus. São tantas as questões abordadas por Paulo que se torna dificil destacar todas: apenas sublinhamos algumas, como esta sábia definição de solidariedade encontrada em 12, 15: "Alegrem-se com os que se alegram e chorem com os que choram". Como nosso espaço e reduzido, pedimos ao usuários da Liturgia Diária que não se limitem ao que é dito aqui, mas leiam todas as cartas aos Romanos, pois se enriquecerão com mais este anúncio do apóstolo Paulo
